
Quando falamos em áreas degradadas, estamos nos referindo a sítios, que sofreram alterações das suas características biológicas, físicas e químicas, até a degradação das condições ambientais da flora e da fauna. A área degradada pode ser recuperada até a condição de não degradada, sem ser necessariamente igual à original, ou restaurada a uma condição parecida com a original.
Mas como recuperar ou restaurar áreas degradadas?
Fazer o cercamento da área
Primeiramente, a área degradada deve ser cercada para impedir a entrada de animais herbívoros domésticos, como vacas, pois eles comem as mudas das espécies vegetais, além de pisotearem o solo até a sua compactação, o que prejudica a regeneração da área.
Realizar intervenções de prevenção
Após o exame do solo, devem ser realizadas intervenções com técnicas apropriadas para prevenir erosões. Para isso, os plantios devem ser realizados em curvas de nível. Além disso, devem ser cavados canais escoadouros e fazer o terraceamento da área.
Corrigir os nutrientes e o pH do solo
Para avaliar a capacidade agronômica da área, é importante realizar a análise do solo. Dessa forma, é possível corrigir os nutrientes e o pH do solo para viabilizar o crescimento da vegetação. Quando o solo é pobre, ele não consegue oferecer suporte à flora. Por isso, ele deve ser recomposto com material orgânico para se tornar novamente fértil.
Considerar o tipo de bioma
Para uma nova dinâmica de sucessão ecológica, o tipo de bioma onde se encontra o sítio degradado deve ser considerado. Com isso, torna-se mais fácil escolher as espécies vegetais mais adequadas ao local. Sem falar que essas variáveis ambientais também ajudam na escolha da técnica mais propícia à recuperação.
Escolher a técnica mais propícia à recuperação
Uma das técnicas mais favoráveis à recuperação de áreas degradadas é a nucleação. Por meio dela, são criados pequenos capões de mato, usando espécies vegetais pioneiras e não pioneiras com maior potencial de multiplicação. Com isso, a floresta se propaga sem grandes investimentos. Além disso, a técnica emprega geometrias, que favorecem o pegamento das mudas.
Viabilizar a criação de um banco de sementes
O banco de sementes viabiliza a germinação das espécies vegetais e proporciona variabilidade genética. Para a sua criação, basta distribuir galhos sobre o solo para abrigar pequenos animais, que trazem consigo sementes. Outra técnica interessante é distribuir poleiros pela área para que as aves possam pousar neles. Quando elas defecarem, suas fezes espalham as sementes no local.
Realizar monitoramento periódico
Para o sucesso da recuperação ou restauração, é indispensável realizar o monitoramento periódico das áreas que foram submetidas às técnicas. Continuamente, deve ser observado o crescimento da floresta para verificar se as mudas pegaram (ou não). O coroamento e a roçada também são práticas importantes a serem adotadas.
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Fonte: obyambiental.com
Por Andréa Oliveira
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