
A indústria de perfumes e fragrâncias é a que mais deve se beneficiar com o descobrimento das novas plantas.
Uma pesquisa realizada por Lúcio Flávio Vasconcelos e Mariana Carvalhaes, da Embrapa Meio- Norte, já identificou espécies nativas do semi-árido do Piauí que podem ser usadas pela indústria de cosméticos e fragrâncias. O potencial aromático foi detectado em mais de 17 plantas, entre arbustos, árvores e ervas.
As espécies mais promissoras, até agora, são o alecrim da serra, a canelinha, velame da chapada, bamburral, alfavaca e umburana de cheiro. Elas foram encontradas em pesquisas de campo nos municípios de Oeiras e São João do Piauí.
Os pesquisadores trabalham em 3 planos integrantes do projeto Avaliação de Plantas Aromáticas do Semiárido Brasileiro para Utilização em Indústrias de Aromas e Fragrâncias, liderado pela Embrapa Agroindústria Tropical, sediada em Fortaleza, CE.
As atividades envolvem coleta, identificação taxonômica – nomeação científica –, ensaios de avaliação agronômica, avaliações técnicas de propagação e produção de mudas, e obtenção de óleos essenciais.
Iniciado em 2009, no Ceará, na Bahia, no Piauí e em Pernambuco, o projeto pretende encontrar alternativas à indústria para diminuir a importação de óleos essenciais, preservar as espécies nativas e servir como fonte de renda para a região.
O químico Francisco Marco Ferreira, especialista em perfumes, professor do Curso de Perfumaria, desenvolvido pelo CPT – Cento de Produções Técnicas, explica que o setor é bem competitivo mundialmente. “O Brasil sempre importou essências de outros países, mas com descobertas como essas poderá se tornar autossuficiente”, acrescenta.
Por: Maria Clara Corsino.
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